Steven Spielberg, nome por trás de de grandes filmes ao longo de muitos anos, como E.T - O Extraterrestre e Tubarão, encabeça a adaptação para as telonas de Jogador Nº 1, livro de Ernest Cline. Um projeto audacioso, sim, porém com um vasto potencial.
O ano é de 2045 e entre todas as mudanças óbvias que o cinema prevê para o futuro, a maior delas e que realmente mudou tudo, foi um vídeo game, OASIS. O jogo, que se tornou algo muito maior depois de seu lançamento, é uma realidade virtual jogado por praticamente todo o mundo. Lá você pode ser o que quiser, fazer o que quiser e ir aonde for, quando quiser em seus infinitos mundos. Às pessoas deixam de viver suas vidas reais para "viver" no OASIS e isto fez da empresa dona do jogo a mais rica do mundo.
Entretanto, quando seu criador morre, ele deixa uma missão no ar, apenas para aqueles mais ousados conquistarem. Há três chaves escondidas, que serão acessadas apenas após se vencer desafios muito difíceis e que estão escondidos, acessados apenas por queles sagazes o suficiente para descobrirem através das pistas. Aquele que reunir primeiro estas três chaves, ganhará o próprio OASIS e toda a fortuna que isso trará como consequência.
É claro que o jogo continua depois disto, nem todos se acham aptos a correrem atrás destes itens lendários e a enfrentar desafios tão devastadores. Porém há os jogadores especializados neste tipo de coisa, que correm atrás de artefatos lendários, arriscando-se no processo (afinal se você morre no jogo, perde todo o dinheiro e os itens que já conquistou). Porém, além deles a empresa IOI emprega centenas de jogadores contratados para conseguir essas chaves e finalmente ser dona e comercializar o OASIS. Então, logo quando Wade Watts (Tye Sheridan) encontra a primeira chave, começa uma corrida contra o tempo para que as outras sejam descobertas e o prêmio, que poderia mudar a vida de qualquer pessoa normal, passa a significar algo muito maior.
Os pontos mais fortes, é claro, é o visual e os panoramas feitos em cima disto. É, sem sombras de dúvidas, o maior festival de referências já realizada. Pelo fato de ser um jogo de vídeo game, em realidade virtual, onde as pessoas usam para escaparem do mundo real, onde há fome e violência, cada um pode ser o que quiser. Sendo assim, não é difícil ver, numa batalha em larga escala, ver samurais fatiando o Jason, enquanto alguém atira em Freddy Krueger e um Ryu solta um Hadouken no canto da tela. Tudo é visualmente muito lindo e ao mesmo tempo praticamente impossível perceber todas as referências apresentadas, seja com falas, imagens ou gestos. Vale, inclusive, uma menção especial para a sequência esplendida cuja base é ao filme O Iluminado, que consegue trazer um clima macabro a um filme de aventura e repleto de humor.
Numa mistura de live-action com CGI, Jogador Nº 1 trabalha ainda perigos no mundo real e alfineta questão de como eles e também nós estamos cada vez mais distantes do que é verdadeiramente real. Entretanto, apesar de ser uma excelente aventura, que encanta e enche os olhos com seus efeitos maravilhosos, o filme não têm muito tempo aprofundar algumas relações. O amor surge como um relâmpago e acontece tudo muito depressa, enquanto não há sequer muita comoção quando a única família viva que você possui é morta.
No fim, é uma ótima pedida para quem busca uma aventura com algo a mais. Jogador N° 1 é grande, por trazer uma história envolvente e por conseguir fazer com que nos apeguemos aos personagens, enquanto nos agracia com tantas e tantas referências, sejam elas atuais ou não, enquanto nos embala do começo ao fim com uma excelente trilha sonora, começando já com Jump do Van Halen. É sem dúvidas um filme para divertir mais de uma geração.
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