segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Séries em Série #67 | Hilda



Séries animadas provaram ao longos das décadas que podem ser tão boas quanta qualquer uma live action, ainda que deem um trabalho considerável e que consigam conquistar tantos espectadores. E em um mar de tantas produções, alguns delas se perdem pelo roteiro fraco ou pouca qualidade geral, mas outras conseguem se sobressair de alguma forma. A Netflix, dentre seus conteúdos originais, tem investido de maneira significativa neste tipo de conteúdo, de formas variadas e tem conseguido alcançar séries realmente especiais. 


Hilda é uma garota que mora no meio de uma área selvagem, numa casa aconchegante junto de sua mãe. Junto de sua corça-raposa branca, ela é acostumada a sair para explorar e se aventurar pelos arredores, sempre lindando com os mais variados tipos de criaturas mágicas, desde trolls, elfos e gigantes. Porém, por um infortúnio do destino, sua casa é destruída e ela precisa se mudar para a cidade grande junto de sua mãe. Rodeada de estranhezas, logo Hilda irá descobrir que a cidade reserva suas próprias aventuras  e que ela deverá enfrentar ao lado de seus novos amigos.



Imagine uma história bem construída, que consegue montar sua própria mitologia de maneira simples, mas convincente, sem ter que rcontar sobre grandes sagas épicas de criaturas fantásticas ao longo das eras. Hilda é permeado por monstros e mitologia, mas de uma maneira simples, explicando cada fator e enredo histórico apenas quando é necessário e pouco a pouco o espectador consegue entender mais e mais deste novo mundo. No começo, entretanto, mesmo com as poucas informações, você sabe o necessário para entender a história sem problema algum. 

Num primeiro momento é possível cogitar que talvez Hilda se trate de episódios esporádicos, como já vimos tanto por aí. Cartoons mais antigos, tinham a famosa aventura da semana, ou as vezes aventura diária. Cada episódio uma curta história, mas que terminava ali, sem continuidade. Pelo traço, a série animada da Netflix poderia muito bem se passar por algo assim, porém não demora muito para que se perceba que ela em nenhum momento cogita seguir por este caminho. Cada episódio se liga aos seguintes de maneiras diversas, inclusive há ocasiões em que mais de uma trama acontece ao mesmo tempo e os personagens se lembram disso. Há continuaçõess diretas, continuações indiretas, onde fatores voltam aparecer após 3 ou 4 episódios ou ainda história construídas por um mero detalhe em outro episódio, que será evidente se houver atenção. 

Por fim, Hilda consegue contas ás inúmeras aventuras de uma garota curiosa, num mundo próprio, de maneira bastante satisfatória. Há uma simplicidade e tranquilidade que cada episódio consegue passar, numa fina aura de mistério infantil que carrega, mas sem perder conceitos muito bons, encaixados de maneira excelente. As aventuras de Hilda esperam você em 13 episódios, numa saga de empatia e bondade, bastante rara hoje em dia. 

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