quarta-feira, 11 de abril de 2018

Cinema & Afins #110 | Por Dentro do MCU: Fase 2


Continuando com a nossa recapitulação do MCU e também preparação para Vingadores Guerra: Infinita, desta vez partimos para a fase dois desse imenso projeto cinematográfico. Chegou a hora de ver belas oportunidades desperdiçadas, entretanto, com uma reviravolta no final da fase, trazendo ótimas surpresas.

PARTE 1





A fase 2 da Marvel se inicia com Homem de Ferro 3, um filme que guardava para muitos, muitas expectativas. Era o primeiro longa desde o fenômeno Vingadores e trazia a oportunidade de fechar a trilogia do Homem de Ferro, um dos nomes mais fortes nos filmes já lançados. Na trama, Tony Stark está sofrendo de ataques de pânico, sem conseguir dormir, pelo que viu do outro lado de um buraco de minhoca durante a batalha de Nova York, durante os eventos finais de Os Vingadores. Sendo assim, ele passa suas noites acordado, construindo mais e mais armaduras e aperfeiçoando sua última criação, a Mark 42. Porém, o que ele não sabia era que teria que enfrentar um "terrorista" e inimigos geneticamente modificados.

Homem de Ferro 3 arrecadou uma bilheteria superior a 1 bilhão e tinha muito potencial ao retratar a queda de Tony Stark, além de introduzir o vilão Mandarim e muitos elementos da saga dos quadrinhos Extremis. Porém, mesmo tendo tantas coisas boas em mãos, tudo foi jogado para o alto e usado de maneira leviana, tornando o filme uma decepção. Mandarim, que estava tão belamente representado, não passou, vejamos, de uma armadilha para os fãs, sendo usado da pior maneira possível. Tony Stark passa mais tempo fora de suas armaduras, mais parecendo o Macgyver. Logo, apesar da bilheteria exorbitante, Homem de Ferro 3 é um filme de ideias desperdiçadas, tanto que muitos de seus acontecimentos sequer não lembrados... Alguns sim, entretanto. 

Ainda no ano de 2013, tivemos a sequência do filme do Deus do Trovão, intitulado Thor: O Mundo Sombrio, aonde agora o filho de Odin, passou alguma tempo longe da terra, após os eventos de Os Vingadores, sequer retornando para ver sua amada, Jane Foster, afinal todos os reinos estavam um caos e coube a ele trazer ordem novamente para os lugares que antes eram tementes ao seu pai. Porém, ele deve ir de encontro a Jane novamente na Terra, quando a cientista absorve um poder secular por acidente, o que desperta uma raça de elfos malignos e antigos inimigos de Asgard, que desejam o poder para si. 

É realmente visível aqui a evolução para seu antecessor. A caracterização de Asgard esta em outro nível, conseguindo deixar tudo mais crível. Os combates, apesar de alguma não serem os melhores, conseguem ainda serem melhores que seus antecessores. O filme, ainda ouso dizer, tem excelentes momentos e reviravoltas, muitos deles envolvendo o meio-irmão de Thor, Loki. No fim, apesar de não ser perfeito, Thor: O Mundo Sombrio consegue superar seu antecessor (claro que sem muito esforço) e ainda ser melhor que Homem  Ferro 3 (também sem precisar se esforçar muito). 



Já em 2014, a Marvel traria as maiores surpresas ao cinema, elevando seus filmes a outro patamar. A sequência Capitão América 2: O Soldado Inverno foi algo nunca visto antes de filmes de super-heróis. Com direção dos Irmãos Russo, a trama mostrou uma mistura de espionagem e ação. O longa se passa dois anos após os eventos de Os Vingadores e logo descobrimos que Steve Rogers, o Capitão América, tem liderado missões secretas para Nick Fury, muitas delas ao lado de Natasha Rumanoff, a a Viúva Negra. Porém, numa dessas missões, onde é necessário salvar um navio de piratas internacionais, Rogers acaba esbarrando em uma conspiração monumental enquanto sombras de seu passado parecem retornar. 

Os Irmãos Russo conseguem criar uma trama complexa, além de recheá-la de ação, com cenas do tipo valendo cada segundo apresentado. O escudo do Capitão se torna uma extensão do que ele é ainda mais, sem contar as ótimas lutas muito bem coreografadas, sem deixar de nos esquecermos a sequência dentro do elevador, que se tornou icônica, onde nosso herói luta contra mais de dez homens, sozinho. Aquilo é para encher os olhos. 



Ainda no mesmo ano, a Marvel nos trouxe Guardiões da Galáxia, que era basicamente uma aposta e que acabou se tornando uma grata surpresa. A trama é arriscada, afinal tinha a missão de trazer o lado espacial do MCU, nos apresenta a Peter Quill, ou como gosta de ser chamado, Starlord, um caçador de relíquias espaciais (?) que acaba cruzando com o caminho de uma dupla de caçadores de recompensas, uma espécie de homem árvore chamado Groot (que tudo que consegue dizer é, basicamente, "Eu sou Groot") e um guaxinim falante e armado até os dentes. Além deles ainda há Gamora, a filha adotiva de Thanos (isso mesmo, o vilão que ajudou Loki no ataque a Terra) e Drax, O Destruidor, que é apresentado quando o quarteto é levado para cadeia, depois de se envolverem numa confusão generalizada, depois de uma disputa que envolvia basicamente um item que Quill se apoderou no começo do filme. 

Ufa, é muita coisa que acontece ao mesmo tempo, porém, James Gun, que assina o roteiro e a direção do longa conseguiu formar uma equipe cativante num único filme, além de conseguir inserir uma boa historia, com direito a ação e muita comédia, acompanhada de uma trilha sonora fantástica, com direito a Hooked on A Feeling e Spirit in the Sky, além de estar totalmente ligada a história contada, tornando o trabalho ainda mais bem feito. Não é necessário dizer que Guardiões da Galáxia foi um sucesso imediato.



Finalmente nos aproximando do final da segunda fase, tivemos enfim a sequência de Os Vingadores, com o subtítulo de Era de Ultron. Logo, para aqueles amantes de quadrinhos, saberíamos qual seria o vilão do filme, ninguém mais, ninguém menos, que a IA assassina, Ultron, que no filme foi uma criação de Tony Stark, ao mexer com conhecimentos além de sua compreensão. 

Nesta sequência, não há mais necessidade de apresentações e nem de criar situações onde os personagens possam se conheceram finalmente ou entenderem uns aos outros em suas ações. Os Vingadores já são um grupo conhecido e temido, que trabalham de maneira coordenada e eficaz. Porém tudo parece desmoronar com o surgimento de Ultron, que conhece todas a fraquezas do super grupo e os força a lutar contra seus maiores medos, enquanto precisam deter mais uma vez uma ameaça global.

Ao contrário de seu antecessor, entretanto, Era de Ultron foi um divisor de águas. Porém, vale lembrar que mesmo que o filme tenha pontos negativos, é errado apontar apenas odiá-lo, se ainda gostar de muitas outras de suas facetas. Assistindo mais de uma vez é possível ver conflitos internos que serão usados futuramente, ver também um papel maior do Capitão América, Gavião Arqueiro entre outros personagens... Além da introdução de novos personagens, como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio. Vale lembrar também que, neste ponto já começamos a entender melhor o que une todos estes filmes. Thor parte em busca de mais informações sobre as Joias do Infinito logo após os eventos do filme e acabamos sabendo que Visão leva uma em sua testa e que o item roubado por Peter Quill no começo de Guardiões da Galáxia é outra delas... Todas elas almejadas por Thanos, pai de Gamora e mais uma vez, a figura que ajudou Loki.

E fechando a segunda fase do MCU, não temos a união de nenhum super grupo e nem a necessidade de salvar o mundo, mas sim uma trama mais fechada e simples com Homem-Formiga. Nela, Scott Lang é recrutado por Hank Pym, após roubar sua casa para se tornar o novo Homem-Formiga e impedir que sua criação caia nas mãos de pessoas inescrupulosas. 

O filme é bem dirigido, tem ótimas atuações e possui uma comédia própria e na medida certa. Vale um comentário em especial para as cenas miniaturizadas, que ficaram muito boas, além é claro de ótimos momentos, como a participação especial de um vingador e a ligação direita com o filme que viria a abrir as portas da fase 3 da Marvel, Capitão América: Guerra Civil. 




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