Após um término de temporada cheio de incertezas, Frontier retorna em seu segundo ano com ritmo veloz e juntando muitos núcleos, além de avançar significativamente em sua trama, enquanto acompanhamos o desenrolar da cruzada de vingança de Declan Harp.
Após ser gravemente ferido no fim da última temporada, Declan Harp (Jason Momoa) se recuperava no norte, depois de uma jornada de incertezas e de como fora parar naquele lugar. Enquanto isso, o mundo ao sul ainda se movimentava, com intrigas e lutas acontecendo. O Lobo Negro, o antigo grupo do fora da lei está praticamente desfeito, sendo sustentado apenas pela convicção de Michael Smyth (Landon Liboiron) e Sokanon (Jessica Matten), enquanto esperam o retorno incerto de seu líder. Enquanto isso, em Forte James, Capitão Chesterfield (Evan Jonigkeit) entra em conflito com um debilitado Lorde Benton (Alun Armstrong), ao mesmo tempo em que em Montreal, Elizabeth intensifica seu confronto pela supremacia comercial de peles contra Lorde Grant (Shawn Doyle).
A nova temporada, que conta também com 6 episódios, possui um ritmo rápido e bem amarrado, embora consiga ser muito arrastada em diversos pontos (como sua primeira temporada). Os personagens seguem por uma trilha coerente em suas personalidades já estabelecidas, e muitos evoluem muito com as mudanças que acontecem ao seu redor. Porém, apesar de a obra como um todo ser bastante competente, ela ainda se apoia em muitos clichês para sustentar alguns pontos.
Os novos personagens conseguem ser destacar em meio aos já conhecidos, como o irlandês McTaggart (Jamie Sives), antigo amigo de Harp e dono de uma personalidade ímpar, que não hesita em embarcar em loucuras cada vez maiores contra os casacas vermelhas, ao lado do amigo. Porém, a série volta a sofrer de seu antigo problema: atitudes idiotas e feitas com planejamento. Isto mesmo, os personagens tomam muitas atitudes pouco inteligentes, muitas vezes tendo tempo para pensar a respeito com calma, tornando tudo mais incoerente. Esse recurso consegue causar algumas reviravoltas, mas a maioria das resoluções traz uma estranheza.
Por fim, a trama aposta em cada vez mais na violência e desta vez em cenas mais picantes e explicitas também, porém que casa perfeitamente com o cenário brutal e cruel que já nos era apresentado desde seu inicio, aumentando a tensão em seu desenvolvimento e deixando claro quem seria o vilão superior acima de todos os outros, apesar dos tons de cinza que a série se sustenta. Mesmo errando em muitos aspectos, Frontier consegue acertar em muitos outros e por possuir poucos episódios alcança um excelente equilíbrio no ritmo em que conta sua história, já deixando um gancho para uma possível terceira temporada.
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