segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Zona Literária #42 | Mistborn - A Liga da Lei



Já tivemos aqui as resenhas da trilogia de Mistborn, sobre a Primeira Era: O Império Final, O Poço da Ascensão e o Herói das Eras. Hoje começamos falando dos novos livros, mais especificamente, da Liga da Lei, título que dá inicio a Segunda Era do mundo de Scandrial, criado por Brandon Sanderson. 


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300 anos se passaram desde o fim da história de Vin, Kelsier, Eldend e todos os outros. Eles agora são lendas, deuses e possuem alguns religiões em seus nomes. O mundo mudou, assim como a Alomância (a arte de queimar determinados metais dentro de si e extrair poderes variados de cada um) e a Ferruquemia (a capacidade e armazenar certas características em determinados metais, para que se possa ter acesso posterior, como força, velocidade, saúde...). Não existem mais Nascidos das Brumas (neste primeiro livro, pelo menos), são tidos apenas como verdadeiras lendas. Porém, passam a existir Duplonatos, indivíduos capazes de queimar um metal e extrair poderes dele, como também utilizar algum metal da Ferruquemia para armazenar algo. Pode ser um pouco difícil de entender, mas parece ser este o intuito do autor nesta nova saga. Se você não leu os três primeiros livros de Mistborn, não poderá perceber as características da mitologia presentes na história, Brandon Sanderson escreve estes livros para quem já está habituado com todos seus conceitos e regras, explicando apenas termos que agora são novos, como a questão dos Duplonatos.

Em um cenário "moderno" com direito a armas de fogo dos mais variados tipos, trens a vapor e os primeiros carros, conhecemos Waximillun "Wax" Landrian, um nobre que passou quase toda sua vida nas chamadas "Terras Brutas", como um vigilante implacável, porém acaba retornando para a dita civilização, na cidade de Elendel, para assumir o legado da família, após a morte do tio e uma tragédia se abater em sua vida. Porém, os problemas parecem perseguir Wax. Vendo os negócios da família ruir, seu antigo parceiro Wayne surge caçando os assaltantes conhecidos como "Os Desaparecidos", um grupo perigoso e que parece estar envolvidos com algo terrível demais. 

Como dito antes, é necessário conhecer o universo para que toda a história faça sentido. Como já é sabido pelas histórias anteriores, ainda não se era conhecido todos os metais alomânticos, agora entretanto, a história é diferente. Wax é um Duplonato, capaz de queimar aço, para empurrar metais próximos e armazenar peso com ferro, para que se torne mais leve ou mais pesado. Wayne, seu parceiro de personalidade peculiar (mas extremamente interessante) é outro Duplonato, capaz de armazenar saúde com ouro e queimar um metal nunca visto antes, a curvaliga, extremamente cara, mas que permite ao mesmo criar uma bolha de velocidade, ou seja, ele e quem estiver dentro se movem muito rápido em relação ao restante do mundo, que parece estar em câmera lenta. 

É engraçado que o autor tenha começado todas as tramas de Mistborn de maneira grandiosa e tenha partido para algo mais local apenas depois. A Primeira Era de Mistborn retrata a queda de deuses, guerras contra seres ancestrais e todo o destino do mundo nas mãos daqueles que se tornariam lendas. Agora temos uma trama muito perigosa, embora muito mais local e centrada, pelo menos até onde avancei. Deixando a luta de socos e adagas para trás, agora Mistborn foca-se em tiroteios, explosões e ocasionais lutas de facas e bastões de duelo. A história é mais dinâmica e direta, enquanto Wax e Wayne, acompanhados da destemida e tímida Marasi, possuem o destino de Elendel em suas mãos. 

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