terça-feira, 3 de outubro de 2017

Zona Literária #40 | Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?


Essa semana teremos um dos lançamentos mais aguardados de 2017, a sequência do famoso filme de ficção científica Blade Runner, de 1982, mas antes de tudo houve o livro, muitos não sabem que essa fantástica história foi lançada em 1968, com o nome Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? do autor Philip K. Dick, e é sobre ele que iremos falar hoje, para aqueles que querem conhecer mais um pouco antes da estréia de Blade Runner 2049.


Conhecido como um dos pilares da distopia, ao lado de outros títulos como 1984, Admirável Mundo Novo entre muitos outros, na história acompanhamos Rick Deckard, um caçador de replicantes que esta passando por uma crise moral, ao mesmo tempo em que conhecemos a história de Roy Batty e seu grupo de replicantes, que fugiram das colônias espaciais e se esconderam na Terra, que está em completa decadência após uma guerra nuclear. Deckard acaba sabendo sobre esses replicantes, e a recompensa por eles seria tão grande que permitiria que ele pudesse se aposentar, mas também vemos muito ao longo da história ele constantemente vendo um catálogo de uma loja de animais, sempre vendo os preços deles, pois apenas os mais ricos possuem animais reais, que foram quase totalmente extintos após a guerra nuclear, os mais pobres tinham apenas animais elétricos, o que é considerado uma vergonha.

É possível perceber que o mundo é regido por mega corporações, que o governo vigente é apenas uma fachada que não manda em nada, e aqueles que possuem alguma condição saem da Terra o quanto antes, partindo para as colônias espaciais, para procurar por uma vida melhor do que o deserto radioativo que se tornou grande parte do planeta. E toda essa desolação contrasta muito com toda a tecnologia presente na história, que no filme foi considerada essencial para a criação do gênero cyberpunk que conhecemos nos dias de hoje.


O livro acabou destoando bastante em alguns momentos do filme, principalmente no final, mas ambas as obras tem seu valor, e mesmo com a ação adicional que o filme possui, o lado filosófico tão presente no livro também está lá, isso sem contar que umas das cenas mais icônicas só existe no filme, o discurso final de Roy Batty. Por isso se você quer conhecer bem essa história, vale a pena ir atrás tanto do filme quanto do livro, que mesmo com suas diferenças são duas excelentes obras. Se você se interessou pela história pode estar adquirindo ela aqui (Androides Sonham com Ovelhas Eletricas?), e boa leitura para todos.

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