sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Cinema & Afins #88 | Kingsman - O Círculo Dourado



Em 2014, Kingsman - Serviço Secreto, chegou como quem não queria nada, com uma história sobre agentes secretos britânicos lidando muito bem treinados e repletos de apetrechos tecnológicos (muito estilo), vilões bizarros com seus planos mais loucos ainda, conceitos cativantes e cenas de ação de tirar o fôlego. Kingsman foi uma grata surpresa e um filme que pedia por uma sequência.


Em Kingsman - O Círculo Dourado, seguimos os fatos pouco depois dos eventos do final do primeiro filme, acompanhando Eggsy (Taron Egerton) como um Kingsman, que necessita enfrentar um cartel de drogas ao mesmo tempo em que vê tudo que conhece ruir e encontrar uma organização idêntica a sua, porém nos EUA, conhecida como Stateman. O filme segue alguns passos de seu antecessor e em determinados momentos tenta superar o mesmo. A expectativa por outra cena da igreja é grande, mas a ideia de que replicar algo daquele tipo seria difícil, bem, também é grande e quase certa.



Porém, não me entendam mal. O filme conta com ótimas cenas de ação, muito bem dirigidas e coreografadas, por sinal, e que se garantem em meio à tantas super produções que saem o tempo todo nos grandes circuitos. Os Kingsman também se saem muito bem em suas atuações e são fieis em seus papeis, além disso toda a trama possui um ótimo visual, muito característico desse universo, e é fácil perceber isto nas cenas de lutas e como elas são trabalhadas, como a câmera é usada de maneira tão "harmoniosamente" em determinados momentos, além de eventos tão mirabolantes que precisem do uso do 3D. Talvez o mais marcante de Kingsman seja seu humor próprio e a maneira como é sério ao mesmo tempo em que satiriza tantos clichês de histórias de espiões (até temos algum teor de no sense, Elton John que o diga).

Agora partindo para o grande vilão do filme, ou eu deveria dizer vilã. Aqui a trama peca um pouco, mas também acerta. Ela peca no fato de que bem no cerne do plano maligno sendo executado dessa vez, se assemelha demais ao que já foi visto no primeiro filme dando uma ligeira sensação de repeteco, porém caso ignore isto e abrace todo o clima de quadrinhos que Kingsman possui também, é aí que a trama acerta, onde, apesar da maluquice do plano posto em prática, é onde uma questão bem humana é levantada.



É certo dizer que Círculo Dourado tenta superar seu antecessor e até faz muitas coisas iguais, talvez com o intuito de replicar algo, mas mesmo não o superando, também é certo dizer que apesar dos pesares, é um filme divertido, com um visual muito bonito, além de um universo estabelecido e com seus próprios maneirismos, contando com cenas de ação mirabolantes, difíceis de não lhe fazerem sentar na ponta da poltrona, seguindo cada movimento com os olhos, ávidos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário