Fale a verdade, você conhecia Luke Cage antes da série da Netflix? Poderoso, Herói de Aluguel, não importa a alcunha, o herói nunca foi muito famoso para aqueles não versados em quadrinhos. Porém, depois do sucesso de Demolidor o hype para as outras produções aumentaram muito. Você quer mais daqueles universos, daqueles personagens, você quer mais daqueles heróis urbanos. E a Netflix lhe dá isso.
Em Jéssica Jones, Luke Cage teve uma espécie de prelúdio e agora em sua série própria finalmente podemos mergulhar em sua história, em eventos que se passam depois da série da heroína, mas ainda possui cenas em flashbacks mostrando como ele ganhou seus poderes, quem o levou até ali e as situações que fizeram ele ser quem é.
Não é difícil lembrar-se da série Everybody Hates Chris ao assistir Luke Cage, é claro o clima de comunidade transmitida, os papos que acontecem na barbearia. Porém há toda uma carga dramática e a necessidade de Luke aceitar quem é e o que deve fazer. O mais interessante aqui e que também é assim nos quadrinhos é que o protagonista não tem identidade secreta, todo mundo o conhece e sabe o que ele faz. Ele é uma figura pública e um herói local para as pessoas, mesmo que ele diga que não.
Talvez o ponto mais alto da série seja a trama em si, ela possui um plot twist que foi esplendidamente escondido durante a produção e divulgação. As coisas mudam de figura num piscar de olhos e isso apenas faz a série ficar melhor. Você se pega pensando como as coisas serão dali pra frente e passa a tentar prever quem assumirá determinados postos. Há também alguns pontos previsíveis, mas que não chegam a ser ruins. Quando você tem um herói super forte e a prova de balas lutando contra gangsteres, é de se esperar que irão arrumar um jeito de ferir ele e isso nos leva a outro ponto forte, que é quando Luke Cage se fere internamente, afinal como você trata de um homem com pele impenetrável?
Mas como nem tudo são flores, Luke Cage peca em alguns fatores. Algumas cenas de lutas (bastante até) são bem caídas. Pode ser pelo fato dele se segurar para não matar ninguém com sua força, mas realmente você não sente os golpes e toda a encenação parece forçada. Isso continua com altos e baixos ao longo da série. Ainda é legal lembrar que há um certo uniforme no último episódio que digamos ficou "ok".
Os vilões (sim, mais de um) possuem personalidades distintas e histórias próprias que os deixam bem interessantes. Cottonmouth (ou Boca de Algodão) é mais que um chefe do crime violento, e mesmo que os fins não não justifiquem os meios, ele tem uma história, um caminho que percorreu para chegar onde está. Nem tudo é que parece... (e eu tenho quase certeza que são cantores famosos que cantam na boate do vilão).
E no meio disso tudo está as referências. Fique preparado para ligações com Jéssica Jones e Demolidor e menções a Vingadores (e atentos para o Stan Lee!). E claro, o Agente Coulson da Netflix, a enfermeira Klaire.
Luke Cage cumpre seu papel e faz o espectador ansiar cada vez por Os Defensores. Não é melhor que Demolidor em minha opinião, mas supera Jéssica Jones e é claro que possui o selo de qualidade
Netflix e com certeza vale a pena.
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