segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cinema e Afins #6: Quarteto Fantástico? Nem Tanto Assim


Olá leitores, como todos nós já sabemos, Quarteto Fantástico já está nos cinemas, e pelo visto a Fox novamente decepcionou os fãs e críticos, mostrando que todo o amor e carinho se volta apenas aos filmes da franquia dos X-Men, deixando os pobres filmes do Quarteto a Deus dará, e no caso desse não foi diferente, mesmo trazendo um reboot com uma pegada totalmente nova, ainda deixou muito a desejar, com furos no roteiro, personagens com pouca personalidade (ou nenhuma) e uma história muito corrida, que fez do filme uma tragédia, com pouca coisa aproveitável.

O filme inicia mostrando a infância de Reed Richards e Ben Grimm, com Reed falando de seu projeto de teletransporte de matéria para outra dimensão, esse começo foi bom, mostrando o nascimento de uma grande amizade que no filme ficou bem visível. Ainda nesse começo, quando vemos como Reed conheceu Sue e seu pai, Franklin Richards, que foi um momento muito conveniente, afinal, ele estava numa feira de ciências, onde a dupla Reed e Ben demonstravam o teletransportador de matéria, que por coincidência era o projeto em que ele trabalhava, e que ele não sabia como finalizar, e da maneira mais fácil do mundo ele chama o garoto para ajudá-lo no projeto, mas além disso, na mesma cena os professores desclassificam o projeto apenas por que a máquina causou a quebra da cesta de basquete (sim, eles praticamente ignoraram o fato de ter uma máquina de teletransporte na frente deles), a partir desse momento já começamos a ver que esse filme poderia seguir ladeira abaixo.

Após isso somos apresentado a mais dois personagens da trama, Johny Storm, que apareceu no filme da forma certa, inconsequente, vivendo na adrenalina e amante de carros e corrida. Sua personalidade
foi uma das poucas que se manteve próxima aos quadrinhos, e Victor Von Doom, o garoto que viria a se tornar o Doutor Destino, mas pela terceira vez a Fox não acertou a mão na criação do personagem, nunca conseguindo trazer um Doutor Destino que remeta a grandeza do personagem nos quadrinhos, sendo transformado num gênio anti-social que não ouve ordens, muito diferente do grande líder da Latvéria que os fãs estão acostumados nos quadrinhos.

Sue Storm foi uma personagem muito sem-sal na trama, sendo relevante apenas em alguns momentos, os mais próximos do clímax, Franklin Richards teve uma relevância boa na trama, unindo todos os personagens e trazendo aquela clima de família, que é característico das histórias do Quarteto (mas apenas ele, nos outros personagens pareciam apenas amigos ou conhecidos, ou nem isso). A relação dos irmãos Storm mais parecia uma amizade que uma ligação familiar, diferente da dupla Reed e Ben, apos alguns momentos tensos do filme, vemos a amizade de longa data acabando, de uma maneira muito convincente, mas sendo reatada de uma forma muito rápida e totalmente sem-sentido na trama.

O clímax foi muito ruim, mas ruim mesmo, corrido e com um Doutor Destino derrotado de uma maneira tão clichê que ele nem parecia ser um personagem importante do filme, e após isso decidiram se juntar para formar uma equipe e tentar achar uma forma de ter uma vida normal, já que no filme deixou claro que eles não tem controle total de seus poderes, como por exemplo o Tocha Humana, que se não estiver usando seu traje, ficaria sempre em chamas (uma referência ao primeiro Tocha Humana).

Bom gente é isso, a Fox novamente errou feio na adaptação dessa equipe tão querida da Marvel, mesmo com a desculpa que querer ter filmes mais autorais, eles deveriam ver um pouco os quadrinhos, mesmo sendo inspirado no Universo Ultimate, muita coisa ficou diferente, e um diferente ruim. Já foi anunciado que teremos uma sequência em 2017, mas após o tamanho fracasso de bilheteria e críticas desse filme, a Fox já esta repensando se vale a pena investir numa sequência de um barco-furado como vem sendo essa franquia. E ainda não tivemos a participação de Stan Lee, uma baita sacanagem por parte da Fox.

Nenhum comentário:

Postar um comentário