sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Cinema & Afins #140 | Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald



Animais Fantásticos recomeçou a saga do mundo bruxo nos cinemas, com o pé direito, por assim dizer. A primeira trama trazia novos personagens, num novo cenário, mas ainda com todo aquele ar característico de Harry Potter. Desta vez, a história carrega a responsabilidade de fazer jus a seu antecessor com a direção de David Yates, mesmo diretor dos quatro últimos filmes do jovem bruxo com cicatriz na testa. 

Newt Scamander (Eddie Redmayne) está de volta como um protagonista pouco convencional, mas de maneira bastante carismática. Aliado a Alvo Dumbledore (Jude Law), ele é perseguido pelos mesmos problemas que encontrou em sua ida a Nova York, porém desta vez o cenário é a Europa, seu palco principal, Paris. Contando com todos os mesmos personagens de outrora (e muitos outros) o filme tem toda a mesma ambientação tão marcante e consegue ainda em sua abertura trazer uma sequência de tirar o fôlego, com efeitos especiais fantásticos (com o perdão da palavra).



Seguimos então uma trama mais intricada. Os personagens são ainda mais bem trabalhados e vale ressaltar o quão boas são todas as interpretações. Newt, em especial, é um protagonista que cria uma contraste evidente com seu antecessor, Harry Potter. Ele é um mago competente, experiente, especialista em criaturas fantásticas, mas ainda assim retraído, sem jeito com as palavras, fazendo com que seja único e muito especial. 

Porém, o que prometia ser uma grande aventura, pareceu se perder pelo caminho. Alguns muitos personagens são inseridos na trama, assim como vários assuntos menores, que começam a se intercalar e se misturar e é muito fácil para o espectador se perder. A necessidade de se explicar uma série de coisas novas transforma a narrativa lenta e complicada, com muitas coisas jogadas e argumentos que são fracos e difíceis de engolir. A quantidade de fan service no meio da história não ajuda muito também. 

A comédia no filme funciona até certo ponto, mas ele se torno cansativo em determinado momento, perdendo sua empolgação. O vilão, Grindelwald (Johnny Depp) se salva, claro, por sua interpretação, suas ações maléficas de verdade e aqui vale um ponto positivo para o filme, que parece ser mais maduro desde o inicio, com discursos profundos e cenas mais "pesadas". Porém, seu clímax é morno, confuso e corrido, sem empolgar verdadeiramente. 

Por fim, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald, se mantém muito bem em qualidade técnica, efeitos e ambientação, mas mais parece um mero episódio na franquia, sem grandes proporções. Se perde em muitos plots e personagens, complicando a história e criando armadilhas para si próprio. Seu fim pode parecer chocante, revelador, mas ainda assim consegue se perder num show de explicação visual, ou quem sabe, mais fan service


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