segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Séries em Série #64 | O Príncipe Dragão



Avatar: A Lenda de Aang e Avatar: A Lenda de Korra, são sem sombra de dúvidas séries animadas com uma qualidade incrível, não só por seus traços e demais detalhes técnicos, mas por seu roteiro. A trama ricamente trabalhada, a mitologia tão bem construída. Por isso é sempre bom ficar antenado quando o nome de Aaron Ehasz surge, produtor e principal roteirista de Avatar, ainda mais quando ele se une a Justin Richmond, nome envolvido na franquia de jogos de Uncharted, para criarem algo novo juntos.


O Príncipe Dragão narra a história de uma terra milenar, dividida entre humanos e elfos. Os humanos expulsos do reino de Xadia, quando descobriram um novo e profano segmento mágico, a Magia Negra, tenta retomar essas terras a força dos elfos e dragões, iniciando uma grande guerra. Contrariados e com a derrota eminente, utilizam de sua nova e perversa arte para destruírem o último ovo de um Dragão da Tempestade e aumentar o ressentimento, assim como os conflitos bélicos entre os dois povos. 

Os conceitos irão agradar todo bom conhecedor de histórias do tipo. Temos luta com espadas e escudos, pesadas armaduras, criaturas fantásticas e magias poderosas, girando em torno de um busca nobre, nas mãos de jovens com todo o potencial do mundo, cada qual com sua personalidade e habilidades, enfrentando tudo e todos. Em muitos pontos, podemos encontrar semelhanças com Avatar, mas também com diversas outras histórias fantásticas. A aventura, entretanto, consegue mesclar todos esses elementos muito bem e ainda por cima, criar um mundo e uma história bastante autêntica e promissora. 



Os cenários são muito bem detalhados e bonitos, assim como o traço dos personagens, optando por uma técnica diferente do que estamos acostumados em animações 2D, talvez lembrando bastante o 3D, porém criando algo natural, com sequências fluídas e bonitas, acima de tudo. Logo, O Príncipe Dragão apresenta uma história extremamente muito bem equilibrada entre qualidade técnica com excelência de roteiro. 

Seus poucos poucos defeitos incluem a primeira temporada ter apenas 9 episódios (isso mesmo, que passam absurdamente rápidos) e um ou outro clichê se tornarem evidentes aqui e acolá e algumas coisas se tornarem bobas e previsíveis. A animação se apoia em uma série de referências existentes que tanto gostamos de ver, porém em sua boa mistura, quase nada se torna ruim, exceto em alguns pontos, mas nada que algumas reviravoltas inesperadas não recompensem, além de personagens muito bem explorados, que conseguem dar tons mais sérios a toda a trama. 

Se despedindo brevemente, com um gancho poderoso, a série promete muitas aventuras e também uma finalização de uma espécie de prólogo. Com novas descobertas, reforços em alianças e revelações perturbadoras, temos tudo para uma guinada em direção a problemas maiores e narrativas mais épicas e com sorte uma nova temporada com mais que apenas míseros 9 episódios.  

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