quarta-feira, 25 de julho de 2018

Séries em Série #61 | As Épicas Aventuras do Capitão Cueca



Hoje iremos falar de um desenho animado mais descontraído, feito para entreter e divertir mais que tudo, utilizando de muitos elementos "sem noção" e técnicas próprias para criar algo mais marcante. Então venha conhecer um pouco mais sobre As Épicas Aventuras do Capitão Cueca, animação baseada na obra de Dav Pilkey.

A abertura trata de explicar de maneira clara e rápida tudo que você precisa saber para embarcar nas aventuras de Jorge Beard e Haroldo Hutchins, dois amigos presos numa escola chata que reprime a criatividade e a alegria, inclusive como o diretor Krupp, se mostrando como o maior inimigo dessa dupla, sempre os recebendo em sua sala com muita irritação e invenção de regras, tudo para desmoralizar e prejudicar a dupla de amigos. Porém, não se engane e pense que os dois se dão por vencidos, com um anel hipnotizador eles fizeram o diretor acreditar que era o personagem principal de suas histórias em quadrinhos, sempre que o diretor ouve um estalar de dedos, ele se torna o Capitão Cueca, vestindo apenas uma, veja só, cueca e uma capa vermelha, ele adquire super poderes e surge para enfrentar a mais variada sorte de vilões super esquisitos. Entretanto, se ele for molhado de qualquer forma, irá voltar a ser o ranzinza diretor Krupp.



Então, com exceção do estalar de dedos e da água, a única regra no desenho é: Não há Regras. Jorge e Haroldo vivem o maior tipo de aventuras imagináveis, muitas delas mais ou menos inventadas por eles em histórias em quadrinhos que eles mesmo criam sobre o Capitão e que, surpreendentemente, passam a acontecer no mundo real de alguma forma. Além disso, há uma criatividade bastante grande na criação de vilões monstruosos, mas que ainda se encaixam perfeitamente num imaginário infanto juvenil, como por exemplo, a Hidra do Dever de Casa. Isto sem contar a clara quebra da quarta parede quando personagens dizem "temos que resolver isto depressa o episódio está quase no fim" e vários trechos demonstrados de formas variadas e criativas, como por exemplo, fantoches.

A história ainda conta com crítica a como o mundo ficou chato, porém não, não estou falando sobre questões de "mimimi" ou como não podemos fazer piadas racistas, homofóbicas e deste tipo, afinal isto machuca e ofende outras pessoas. A série mostra como a escola deveria se reinventar e de como, mesmo depois de adulto, não precisamos ser amargos e ranzinzas e nem oprimir a criatividade e diversão da juventude. Os poucos adultos da série são mostrados como esteriótipos bastante característicos de pessoas que cresceram e ficaram "chatas", sem dar asas a imaginação ou a atividades alegres.  

Com 13 episódios, a série se encontra disponível na Netflix e é perfeita para quem procura uma animação curta, repleta de um humor mais simples, sem grandes complexidades e que ao invés disso aposta numa trama mais sem noção e leve, mas que ainda sim consegue trazer alguma mensagem em meio a tanta loucura. 

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