Histórias de super-heróis muitas das vezes são associadas ao gênero de aventura, do combate contra o mal, embates épicos contra poderosos e malignos vilões, mas eles não ficam restritos apenas a isso, e no drama eles também fazem sucesso, e é sobre isso que vou falar hoje, a dramática e fantástica de Black Hammer., vencedora do prêmio Eisner em 2017.
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| O fatídico combate contra o Anti-Deus |
Criada por Jeff Lemire e Dan Orston, a primeira edição veio ao publico em junho de 2016, e chegando ao Brasil em maio desse ano, na história conhecemos um grupo de super-heróis formado por Abraham Slam, Golden Gail, Barbalien, Coronel Weird (e sua companheira de aventuras Talky-Walky) e Madame Dragonfly. Mas a vida na fazenda é tudo o que eles não querem, já que foram enviados para lá contra sua vontade, após o combate contra uma criatura de poder colossal, o Anti-Deus, e juntamente com Black Hammer, o herói que dá nome a HQ, eles lutaram contra o poderoso ser, ao final do combate, eles viram que estavam numa fazenda, mas que não fazia mais parte da Terra, proibidos de sair de lá, tiveram que adaptar suas vidas ao lugar que viviam, escondendo o passado enquanto procuram um jeito de sair dali.
Nós começamos a ver a história após dez anos da luta contra o Anti-Deus, alguns não aguentam mais aquela vida, procurando uma maneira de sair daquela estranha realidade, enquanto outros, acabaram se acostumando a nova vida que receberam, tentando tirar o melhor da situação. Ao longo das edições vamos conhecendo melhor cada personagem, suas trajetórias e entendendo como cada um leva essa situação, Abraham, sendo o mais velho, assumiu o manto de chefe da família, tentando manter todos em ordem para que ninguém na cidade saiba o que eles são na realidade, enquanto outros querem ir embora de lá o quanto antes, como Golden Gail, uma mulher adulta presa num corpo de criança por conta de seus poderes. A historia é repleta de referências a super-heróis, é possível perceber qual herói foi escolhido de inspiração para cada um deles, mas de uma maneira mais realística, mostrando muito da nossa realidade também e detrito com a realidade deles, tirando um pouco da fantasia heroica e deixando-os mais mundanos, mesmo aqueles que são tão diferentes, como Barbalien, um guerreiro marciano, mostra sofrer com preconceitos, ou Golden Gail, que após uma vida inteira como heroína, estava farta de tudo aquilo, pronta para se aposentar.
Os mistérios que cercam os heróis vão se aprofundando mais e mais, principalmente quando vemos que mesmo após os dez anos da luta contra o Anti-Deus, eles não foram totalmente esquecidos, e isso ao longo da história vai escalando ate momentos incríveis, te deixando com mais e mais vontade de saber o que vai acontecer, quais os mistérios que aquela realidade esconde. A maneira com que o fantástico e o mundano se misturam a todo instante torna tudo muito interessante. Se você gosta de super-heróis vai adorar Black Hammer, uma história que mostra como a vida dos super-heróis nem sempre é incrível, e que eles podem sonhar e sofrer como nós.
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