Seguindo o cronograma, este ano não tivemos, como poderíamos dizer, um filme da linha principal de Star Wars, com mais Rey, Poe e Finn, tivemos, como esperado, mais um prequel, um spin-off da famosa franquia, e assim como vimos os planos da Estrela da Morte serem roubados em Rogue One, desta vez vemos o inicio da carreira de contrabandista do famoso Han Solo.
Em um planeta escuro e úmido vive Han (Alden Ehrenreich), ainda sem o Solo, levando uma vida onde fazia trabalhos de índole duvidosa para uma líder do crime local, ele possui o sonho de deixar este mundo cruel, se tornar piloto e ser livre, isto claro, ao lado de sua amanda Kira (Emilia Clarke). Porém, um cruel golpe do destino faz o casal se separar e, Han embarca numa jornada incerta, a fim de conseguir os recursos necessários para resgatar a moça que ficou para trás.
Han Solo, não é, nem de longe, criativo e nem nos mostra a história mais inovadora do mundo. Apesar de tudo, o filme é muito previsível em diversas partes, muito por já conhecemos diversos pontos da história de Han Solo, pelo que já foi dito em outros filmes da franquia. Ele também parece se apoiar em eventos e figuras já batidas que já foram usadas em outros filmes da mitologia que a série de filmes criou, especialmente em seu inicio, que deixa a desejar até o final da introdução e que devo confessar, me criou uma certa angústia de estar assistindo ao tal filme, com a incerteza de que valeria a pena. Porém, ele logo parece se encontrar.
Enrenreich parece melhorar gradativamente junto com a trama. Pela primeira vez não temos uma épica tão épica e mirabolante (e admita que até Rogue One foca-se em algo realmente importante para a história do universo e da saga) e enfim o foco recai sobre uma trama menor, embora não menos empolgante, como podemos perceber logo de cara. O filme se destaca por criar cenas de ação e aventura muito bem empolgantes, em sua grande maioria, ainda fiel quase que por completo ao estilo e visual típico e já tão bem estabelecido do universo de Star Wars.
Eu digo quase, entretanto, pois ele parece arriscar em experimentar novas nuances em novos cenários e personagens. Os visuais, conseguem ter uma pitada de originalidade, mas de maneiras mais contidas. Isto pode desagradar alguns fãs mais ferrenhos, porém acho válido que hajam sempre coisas novas visualmente, sem que se perca a essência já tão bem conhecida.
Entretanto, onde o filme parece se achar tão bem, ao contar esta aventura espacial da juventude de Han Solo e em meio a tantos elementos previsíveis, ele ainda joga muitos fatores na cara do espectador, como itens importantes no futuro, frases que se tornarão importantes cronologicamente no que esta por vir e citações a outros personagens. É tudo muito explicito, escrachado, para que você veja, entenda e relembre, quando em muitas vezes poderia se limitar a sutis referências.
Por fim, o filme cuja direção ficou a Ron Howard (Inferno e The Beatles - Eight Days a Week) não é a história mais inspirada e nem a mais original, e embora muitas vezes possa ser previsível, até por eventos que aqueles que já viram outros filmes (ou todos) da franquia já sabem como terminam, ele consegue entregar uma aventura divertida e empolgante, com alguns momentos que se sobrassem, logo se você for assistir com suas expectativas baixas, as chances do filme se tornar melhor que o esperado são altas.
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