segunda-feira, 21 de maio de 2018

Cinema & Afins #117 | A Maldição da Casa Winchester




A Maldição da Casa Winchester é um filme de terror (?) lançado em Março de 2018, com a sacada já não tão inovadora de de incluir em seu cartaz e até como uma breve introdução antes do filme de fato, "baseados em fatos reais". A questão é que o filme, acredite se quiser, ainda faz uma crítica a indústria bélica, porém, além de ser incomum, críticas presentes em filmes não são atestados de um bom longa (muito menos a mensagem que diz que é baseado em fatos reais).

Sarah Winchester é herdeira de uma empresa de armas de fogo, nada mais, nada menos que a Indústria Winchester de Armas de Repetição, a fabricante dos rifles que levam o nome da família e que são incontestavelmente superiores a qualquer outro no mercado. Entretanto, após a morte do marido e do filho ela se isola em sua casa para afastar os espíritos que ela acredita a perseguir, espíritos estes que seriam das vítimas das armas fabricadas por sua família. 

A casa que serve como seu refúgio, está sempre em reforma, se expandindo, dia e noite, 24 horas por dia. Logo os outros acionistas da empresa desejam de alguma forma acabar com sua posição de poder, uma vez que Sarah detém 51% das ações da empresa. Por isto, é enviado até sua casa, para uma avaliação psicológica, o dr. Eric Price, que pode acabar descobrindo que a obsessão dela não seja tão insana assim.



O filme, entretanto, aposta em muitos núcleos de gêneros e algumas pequenas coincidências. Não é nem de longe uma obra para aqueles mais aficionados pelo medo e pelos sustos provocados por outros filmes mais competentes nestas funções. Ele, como já dito, se apoia em outros valores ao contar sua história, fazendo uma crítica clara a indústria bélica e armamentista, ainda que a trama se passe em meados de 1906, a mensagem ainda se faz presente. Salvo algumas tentativas assustadoras muito rápidas e sem grandes inspirações, o filme se perde numa trama fraca, em meio a tantas coisas que anseia por contar e mostrar.

Logo é certo dizer que ao tentar se apoiar em tantos assuntos ao mesmo tempo, um filme de terror que também tenta lançar críticas sociais, o longa se perde facilmente em tantos pontos abordados. A casa, que deveria ser grandiosa, se mostra imensa de uma maneira um tanto frustante. Não passa de meia dúvidas de corredores apertados e cômodos sem grandes lembranças marcantes, perdendo assim a oportunidade de se mostrar algo mais marcante e interessante, ainda mais depois do marketing do filme se basear tanto de que a Mansão Winchester (que de fato existe) é a casa mais mal assombrada do mundo. 

Talvez houvesse uma grande ideia aqui, com até alguns elementos novos e até pertinentes que pudessem vir a ser bem explorados de uma outra maneira. Entretanto, com uma história fraca, A Maldição da Casa Winchester não é um bom filme de terror, falhando em causa medo, em dar sustos e em criar subjetividades e também não consegue ser o melhor filme ao lançar um crítica social, enquanto se perde em tantas outras coisas que precisa resolver e demonstrar. 

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