sexta-feira, 27 de abril de 2018

Cinema & Afins #113 | Vingadores - Guerra Infinita


Após tantas especulações e preparações, fosse dos fãs ou os 10 anos do estúdio, Vingadores: Guerra Infinita finalmente chegou aos cinemas, trazendo consigo uma enorme responsabilidade, que seria reunir pela primeira vez tantos heróis num único filme e ainda interligar todos os pontos que foram construídos em 10 anos de MCU.

Se você é um fã de quadrinhos e de filmes de super-heróis, acompanhou todos os filmes da Marvel ao longo dos anos, é quase impossível não ficar ansioso e entrar no hype de Vingadores: Guerra Infinita, o que nas HQ's é algo tão comum, é raro ver estes tipos de reuniões nas telas dos cinemas. Antes disso tivemos apenas dois Vingadores, depois Capitão América: Guerra Civil que conseguia superar os filmes da super equipe, mas tudo isso era nada mais que um "ensaio" para o que estava por vir. Guerra Infinita vai além, a trama une os Vingadores, com heróis solos e os Guardiões da Galáxia. Desde o começo seria um desafio e só era possível esperar algo grandioso.



A primeira coisa que a se ter certeza é que se trata de um filme corajoso. Nós sempre soubemos que seria um filme ousado. Juntar tantos personagens em tela, fazer com que todos tivessem importância e além disso mostrar uma boa história, que fosse além de simplesmente efeitos especiais e pancadaria e além disso que conseguisse criar uma imagem decente para Thanos, que até então só havia aparecido em pequenas pontas nos demais filmes, muitas vezes não falando nada ou se limitando a poucas palavras. Porém Guerra Infinita vai além, pois como eu disse, ele é corajoso. 

Não há tempo para mais explicações ou apresentações, a Marvel já fez isso ao longo de dez anos, você já sabe que Thanos finalmente está indo atrás da joias, e que os heróis irão combatê-lo, assim como irão combater seus filhos, A Ordem Negra. Porém, você não sabe sob quais circunstâncias isso ocorrerá, apenas percebe o nível de urgência que a trama consegue alcançar.



Thanos se mostra o inimigo mais poderoso e implacável enfrentando por todos e mais, os roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus, e os Irmãos Russo que dirigem o filme, fazem dele mais que apenas um gigante roxo super poderoso. Eles conseguem, num único filme que possui inúmeros outros personagens, humanizar o vilão, aprofunda-lo, com falas e atitudes, até sentimentos que naturais que o tornam tridimensional, mais próximo do "real". 

E não é apenas aí que o filme acerta. Ele engrandece cenas de batalhas, separando a trama em dois grupos de heróis, criando sequências esplendidas de ação, combinadas com figuras que nunca vimos juntas antes. Cada sequência é grandiosa por si só, cada personagem, recebe ao menos um ponto para brilhar, para se destacar.



O senso de humor está presente, principalmente nos personagens já propensos a isso, como Starlord, Mantis, Drax, Rocky, Homem-Aranha... Porém ele é muito bem trabalho e encaixado, até diminuindo drasticamente com o avançar da trama e a seriedade que assume. O filme ainda está cheio de carga dramática, desespero, urgência e tragédias.

A trama, entretanto, possui alguns pontos não explorados, seja em respostas não dadas, relações entre personagens não resolvidas ou cenas não mais expandidas. Isto não é exatamente uma crítica negativa, apenas uma observação e já aproveito para falar que é completamente compreensível, uma vez que uma história tão grandiosa foi contada em duas horas e quarenta minutos de duração, não é possível abranger tudo, além de ser necessário lembrar que este é uma espécie de parte 1 pata Vingadores 4, que ainda não possui nome definido, embora já esteja todo gravado. 

Em tempo, Vingadores: Guerra Infinita traz o melhor de cada personagem que aprendemos a amar e a odiar ao longo dos anos, dá uma guiada no universo de super-heróis no cinema e mostra que o gênero pode ser muito mais e fazer muito mais ao criar a maior união heroica da história, mostrando o ápice de um planejamento de dez anos e os resultados de um trabalho bem feito. 

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