Há algum tempo já gostaria de ter falado sobre este filme original Netflix - dirigido por Tommy Wirkola e escrito por Max Botkin e Kerry Willianson - mas acabei tendo que passar outros assuntos na frente e o post atrasou muito, porém hoje venho falar deste filme bem inovador e com uma trama bem envolvente que está presente no catálogo do serviço de streaming, mas que não foi tão enaltecido ou divulgado, não o tanto como merecia.
O mundo não suporta mais pessoas, e o filme deixa claro que é pela quantidade delas. A população cresceu de tal maneira que não há como cuidar de todos, seja com comida, remédios ou outros direitos básicos, por isto - o filme não deixa claro, mas se deduz que seja os EUA - foi criada uma lei do "Filho Único", onde cada família, pode possuir apenas um único filho, sendo que demais proles são levadas pelo governo, para que sejam mantidas congeladas, até que uma solução melhor seja encontrada. Mas é claro, que por mais que esta não seja a pior das hipóteses, ver seu filho ser levado pelo governo e sabendo que talvez você nunca mais o veja, é muito ruim.
Em meio a este cenário distópico, conhecemos um avô, que vê sua filha morrer no parto e dar a luz a sete crianças de uma vezes, sendo elas sétuplas. O homem sabia que poderia ficar apenas com uma, no caso a que tivesse nascido primeiro, porém ele não estava disposto isso, acreditando no fato de que elas não iriam desbalancear a economia ou a divisão de recursos na sociedade. Ele as escondeu e as treinou. Cada uma recebeu o nome de um dia da semana, e cada uma só poderia sair de casa no dia que correspondesse ao nome. Com o passar dos anos, é evidente como cada uma das sete possui uma personalidade distinta, mas que precisam assumir uma única identidade quando saem em seus determinados dias. Entretanto, após anos e anos fazendo um trabalho impecável, em determinado dia, Segunda desaparece, simplesmente não retorna para casa depois do trabalho, forçando ás irmãs se unirem para descobrirem o que aconteceu.
Se esta trama interessante já desperta algo em relação ao filme, vale ressaltar que ele também é regado a boas cenas de ação, com doses de violência e consegue ser totalmente imprevisível. Situado num mundo cinza e muitas vezes nublado ou chuvoso, a tecnologia é avançada, porém mantendo ainda um de seus pés no chão, muitos dos conceitos que já até conhecemos hoje em nossa realidade. Talvez a cereja do bolo - e que faz com que toda a experiência de querer assistir aumente - é o mistério de onde foi parar Segunda.
Sendo uma recente produção da Netflix, ainda mais se focando num tema distópico, Onde está Segunda? é uma grata surpresa e uma ótima escolha tanto para fãs do gênero, como para apreciadores de filmes em geral, em que a história se passa num futuro depressivo e opressor, com uma excelente produção e uma história instigante.
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