sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cinema & Afins #73 | Mulher Maravilha



Mulher Maravilha chegou, fazendo parte do universo compartilhado da DC e com as sombras dos filmes do Superman e do Batman em suas costas, que dividiu opiniões e deu o que falar, o filme ainda é o primeiro blockbuster trazendo uma heroína como protagonista. Junte tudo isso e já sabe a carga de responsabilidade que a produção tinha nas costas.


Vou ser direto dessa vez: o filme é bom, na verdade, é ótimo. Eu não sou hater da DC, e tenho enormes desagrado com O Homem de Aço e Batman vs Superman, por isto sempre existiu aquela pulga atrás da orelha com o filme da amazona. Será que desta vez vai? Foi.

Diana é uma amazona, criada na mítica e secreta ilha de Temiscira, lar de outras amazonas. filha de Hipólita, a rainha entre as suas foi treinada desde de cedo - depois de alguma insistência - para ser uma formidável guerreira, com a moça sempre tentando mostrar seu valor para as outras guerreiras e principalmente para sua mãe. Tudo muda quando o espião americano Steve Trevor caí com seu avião na ilha, provocando este choque temporal e cultural e revelando que o resto do mundo trava aquela que seria conhecida posteriormente como a Primeira Guerra Mundial. Temos aí o plot principal do filme, fazendo com que Diana decida abandonar seu lar para lutar pelos inocentes e matar Ares, o Deus da Guerra, que segundo ela, é o responsável por tudo de mau que está acontecendo ao mundo.



Há humor no filme, muito bem distribuído nas cenas em que a heroína finalmente vê o mundo como ele é, tira suas dúvidas e confronta as primeiras experiências com inocência de uma pessoa que viveu toda sua vida em uma ilha apenas com mulheres. Ela sabe da existência dos homens e já leu sobre muitos assuntos, mas a vida real é diferente. 

Diana é uma protagonista forte, ela avança sozinha nas trincheiras e invade prédios lotados de alemães sozinha e bota tudo a baixo, literalmente. Porém, ele é muito mais que uma amazona super poderosa quebrando tudo. Ela possui ideais e convicções pelo qual acredita, ela dá sermões para generais das forças aliadas e decide lutar quando presencia os horrores da guerra e percebe que ela poderia fazer a diferença. Diana é forte e completa. Ponto.



Assim como o humor é dosado muito bem, as batalhas seguem a mesma fórmula. Não sofremos aqui da síndrome de Superman - O Retorno onde um ser super poderoso enfrenta humanos comuns e o filme é parado onde deveria haver ação e nem há o problema do O Homem de Aço, onde dois seres super poderosos se enfrentam numa cidade e matam milhares nesta peleja desenfreada. A amazona é forte e equilibrada, os combates fazem com que você fique na ponta da poltrona e você torce por ela, porque ela tem carisma, é pura e autêntica.

O filme possui um plot twist interessante, embora possa parecer batido para os mais calejados. E sua liberdade de criação ao recriar fatos da mitologia pode desagradar aos puristas extremos, mas nada que estrague a história, com seus personagens com personalidades marcantes, numa ambientação bem caracterizada.

Mulher Maravilha é um ótimo filme de origem de super herói, tem tudo que precisa e um pouco mais e consegue mostrar ao que veio, pode ser a melhor coisa que a DC mostrou até agora e sem dúvidas, até o momento, é a Amazona quem manda na casa.

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