Piratas do Caribe chegou aos cinemas em sua quinta aventura ontem, trazendo o Capitão Jack Sparrow de volta em uma aventura, mais uma vez cheia de efeitos especiais. Porém a trama soa simples demais, e parece reciclar o que já foi feito antes.
O grande problema deste novo filme é o fato de que parece que você já o assistiu e digo isso a todos que viram A Maldição do Pérola Negra. Diversas coisas iguais estão lá, Jack está de volta e uma tripulação amaldiçoada está atrás dele, então ele se une a dois jovens para encontrar um jeito de resolver o problema. No caso aqui, o que difere do primeiro filme é o objetivo desses dois jovens: Carina Smith e Henry Turner (isso mesmo, filho de Will Turner com Elizabeth Swan), porém, este objetivo é fraco, e convenientemente também de interesse de Jack.
Estes novos companheiros do pirata são personagens fracos, sem muita profundidade, piorado pelo fato de que possuem laços com personagens já consagrados da franquia, mas estas relações são forçadas, sem tempo hábil para que possam valer de algo ou para que você goste de algum deles ou de suas tramas, que incrivelmente estão ligadas a personagens maiores. Entretanto, ainda falando dessa novas figuras, devo dizer que o vilão tem uma presença forte, uma personalidade imponente e envolvente, sendo aqui, um acerto.
Mas o filme, além de pecar nestes quesitos, deixando vários personagens rasos, consegue ditar várias situações como pura conveniência para que a história sem grande importância (achar o Tridente de Poseidon) possa ocorrer e criar cenas mais grandiosas, mesmo que no final das contas não tenha valor algum, como os três primeiros filme que criaram toda uma mitologia em que culminou em cenas realmente interessantes em suas conclusões.
Além disso, o filme tenta criar um final feliz para a conclusão dos três primeiros filmes, algo que não teve e nunca deveria ter em Piratas do Caribe. O filme ainda conta com uma solução perigosa para todos os problemas já encontrados solução esta que provavelmente foi inventada para este novo longa, a fim de que mais uma vez tudo tudo fosse conveniente, quebrando todas as cenas e decisões dramáticas apresentadas principalmente em "O Baú da Morte" e "No Fim do Mundo", fazendo com que tudo perdesse o valor e oficializando uma decisão preguiçosa.
Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é apenas um filme cheio de maneirismos de Jack Sparrow, com piadas que funcionam e outras não, pouco aproveitamento de novos personagens, uma trama pobre e forçada com muitas coisas já usadas antes e efeitos especiais legais e um com um pouco de fan service (que foi um erro).
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