Séries em Série #28 | Outcast - Review 1ª temporada

Fugindo dos paradigmas da maioria das séries atuais, Outcast aposta na adaptação de uma HQ de mesmo nome, de autoria de Robert Kirkman, o mesmo criador de The Walking Dead, mas ao contrário da série de zumbis somos apresentados a uma trama com mais mistérios, focada em casos de possessões.

Nosso protagonista é Kyle Barnes, um homem atormentado com o que aconteceu em sua infância e com a ordem de restrição que o mantém longe da esposa e da filha. Ele mora em uma casa de aparência abandonada sozinho, dorme num colchão no chão e não está muito fã de banhos. É evidente o desgosto dele, porém a série não dá tudo de bandeja, e o passado mais distante e o mais atual vem e vão em flashbacks rápidos. 

A questão é que o grande plot da série são as possessões, embora não seja possível dizer pelo o que, já que em certo ponto você não sabe se realmente são demônios, a única certeza no decorrer da história é que essas "coisas" são atraídas para perto de Kyle e o mesmo tem o poder para expulsa-las dos corpos invadidos, mas isso tem um preço. As vezes quando a entidade deixa o corpo de uma pessoa, a mesma entra em estado vegetativo pelo resto da vida.

A série consegue manter um ritmo bacana e te manter interessado ao longo de seus 10 episódios (exceto o 2, esse é horrível). Não há muitas explosões de cabeça, mas sua grande arma é o mistério dos eventos e os motivos pelos quais acontece. 

Outro ponto forte são os personagens, simples, porém bem construídos. Vale um adendo para o reverendo Anderson, que consegue protagonizar as maiores cenas de vergonha alheia da série, além de conseguir tomar as decisões mais idiotas e fazer você realmente sentir raiva dele. Porém, no último episódio ele dá uma compensada em seus "pecados".

Outcast definitivamente não é um série de terror e nem com muitos ganchos, ela aposta mais em seus personagens, no mistério sobrenatural e na história como um todo, em como tudo irá se resolver, sem entregar muita coisa, fazendo assim, o espectador querer mais daquilo. Por fim é uma boa produção e vale a pena assistir.

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