sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cinema & Afins #34 | Guerra Civil - Liberdade vs Supervisão



Irmãos Russos receberam uma enorme responsabilidade ao ter que transportar Guerra Civil das páginas das HQ's para as telas de cinema. Todos os conflitos físicos e ideológicos, as tensões emocionais e responsabilidades de vários heróis juntos em um mesmo filme, sendo alguns deles inéditos no MCU. Bom, eles conseguiram e com louvor. Entenda o porquê.

É preciso entender primeiramente que Guerra Civil é um sucessão de eventos e motivos, maquinações que dividem os heróis. Os Vingadores são acusados de serem perigosos demais para agirem sem supervisão depois de um incidente em solo estrangeiro e Tony Stark, agora apresentado como um homem mais cansado e com o peso das decisões (e culpas) nas costas é a favor que todos eles assinem um tratado onde concordam em trabalhar de acordo com os governos do mundo e suas respectivas vontades e ordens. Steve Rogers defende a liberdade de cada um e é contrário a ideia. Quando seu antigo amigo Bucky é inserido na história e culpado por uma ataque as Nações Unidas ele se vê diante de uma conspiração e um embate inevitável contra velhos companheiros, mas faz tudo para continuar lutando por aquilo que acredita.

No longa existe um certo equilíbrio de motivos entre os lados, estes pelos quais lutam. Ambos,
Capitão e Homem de Ferro, precisam tomar decisões difíceis, as situações aparecem e é necessário fazer algo. Os motivos são convincentes, a trama não cansa, muito pelo contrário, você pede por mais. Os Irmãos Russos agraciam todos com suas cenas de lutas bem coreografadas com socos e chutes que o fazem sentir a dor de quem os recebe. Isso seja com todos os heróis lutando ao mesmo tempo ou em lutas individuais, que temos que concordar eles dominam. Levaram o estilo de luta do Capitão América a outro nível, sem contar com a Viúva Negra e o Pantera Negra, que consegue dar uma sequência de chutes no escudo com bandeira em pleno ar.

O Homem Aranha bate de frente com Vingadores veteranos e não para de falar um minuto (o que é ótimo). O Homem Formiga rouba a cena com suas falas e suas habilidades. Todos possuem tempo considerável em tela, assim como importância, você se importa com os personagens apesar de serem muitos. O combate no aeroporto é sem dúvidas uma das melhores cenas de filmes de super-heróis já feita.

Eu estranhei um pouco a tia May de Peter Parker quando a vi. A atriz Marisa Tomei foge de tudo o que os fãs estão acostumados com a velhinha que cuidou do Amigão da Vizinhança. O vilão, Zemo (sem Barão), é uma releitura radical do que conhecemos. Primeiramente é tudo diferente do que ele é nas HQ's, mas enfim ele tem um plano e seus motivos. Porém, o verdadeiro foco do filme é o embate de Capitão América e Homem de Ferro.

Por fim, não importa o que digam, este filme foge um pouco dos demais moldes de filmes da Marvel e se aproxima mais do clima de Soldado Invernal. Os personagens carregam ideais e desejo de vingança e existe uma cena do passado de Bucky que lhe afeta de várias maneiras, seja nessa sequência ou na outra.

Os irmãos Russos acertaram e deixaram ganchos para outros personagens crescerem no MCU. A guerra começou, mas eu não vou dizer quem ganhou.

Até a próxima e não se esqueça de seguir o blog e compartilhar com seus amigos.

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