Quando lemos um livro, na maioria das vezes, queremos ser transportados para outros lugares, sejam eles outros mundos ou apenas outra realidade do nosso próprio. Porém, quando vemos um livro onde uma das premissas é mostrar outro lugar, planeta ou continente, vindo diretamente da mente de algum autor, às vezes não temos certeza se leremos algo realmente bom. Tolkien fez um ótimo trabalho com O Senhor dos Anéis e sua Terra Média, assim como George R. R. Martin com Westeros. Mas e o Império Final?
Brandon Sanderson criou seu próprio mundo em Mistborn: Nascidos da Bruma. O primeiro livro, O Império Final, já joga o leitor em um ambiente que foge ao clichê. O mundo sufocava lentamente perante as trevas, e em meio a isso tudo surgiu um herói para salvar todos. Esse herói falhou. Desde então, o mundo passou a ser um deserto de cinzas e brumas, governado por um governador imortal, chamado Senhor Soberano.
E é nesta sociedade dividida entre nobres e skaa – classe social inferior -, que tudo passa a acontecer. Kelsier, um ladrão bastardo é o único a sobreviver e a escapar da prisão cruel do Senhor Soberano. O rapaz então reúne um grupo de sua confiança e planeja o que ninguém jamais conseguiu. Invadir o palácio, descobrir os segredos e matar o tirano. Para isso ele terá que confiar em uma aliada improvável, uma garota de rua chamada Vin, que não domina seus poderes e nem confia em ninguém.
Além de criar um mundo palpável e cheio de mitologia e história, o autor dá vida a personagens profundos e a uma trama cheia de ação e mistérios, além é claro de seu próprio sistema de magia, a Alomância, que consiste basicamente em queimar metais dentro de si e conseguir habilidades únicas. O mais interessante aqui, é que apenas algumas pessoas podem queimar metais, os Alomânticos e apenas os raros Nascidos das Brumas, podem queimar qualquer tipo de metal.
O cenário é basicamente sujo, com muita lama sempre e recorrentes chuvas de cinzas. Mas o mais interessante é ver o contraste de tudo isso quando vislumbramos os bailes da nobreza e suas intrigas. Cada capítulo possui um trecho de um diário em seu inicio, que você passa toda a história (pelo menos eu) tentando descobrir a quem pertence e montando o quebra cabeça, e quando finalmente parece ter entendido é pego com uma revelação muito bem elaborada.
O mais engraçado, é que achei este livro na bienal, e naquela se compro ou não compro, uma completa desconhecida apareceu e disse “Compra este livro, ele é muito bom”. Enfim, realmente é.
O livro possui 607 páginas e foi publicado pela Editora Leya aqui no Brasil, e é uma ótima pedida para amantes de fantasia, um tanto mais brutal, por assim dizer. E se quiser adquirir é só clicar aqui.
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