quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Séries em Série #5: Sense 8

Oito pessoas. Oito pontos diferentes do globo. E milhares de histórias para ser ver e que se unem em algo maior.



Sense 8 trata-se de uma série produzida e exibida pelo serviço de streaming Netflix, sendo uma criação dos irmãos Wachouwski, responsáveis também por "Matrix" e "Babylon 5". Resumindo, é algo realmente inovador, uma história nerd de fantasia que surpreende e prende sua atenção, de uma maneira rara. Então, coloque seus preconceitos de lado, e conheça um pouco desse mundo, ou seria, desses mundos?

O começo é claro, ou parece ser. Você é apresentado a várias localidades pelo globo, Chicago, San Francisco, Nairóbi, Seul, Mumbai, Cidade do México, Berlim e Londres. Em cada um desses lugares, somos apresentados a oito desconhecidos, tanto para nós, como para eles próprios.

Temos o policial Will, a DJ Riley, o chaveiro (arrombador) Wolfgang, a cientista farmacêutica Kala, a ativista Nomi, a economista Sun, o ator Lito e o motorista de van Capheus.
A série explora a personalidade cada um de uma maneira extremamente interessante, podendo dizer que existam 8 protagonistas. Mas o melhor está por vir. Cada um deles, presencia o suicídio de uma mulher, sem motivo. A partir de então, eles passam a poder se comunicar entre si, como algo psíquico, e não é algo apenas mental, e sim mais vivo, dando a capacidade de ver a outra pessoa, mesmo que ela esteja do outro lado do mundo.

A história segue cheia de mistérios com cada personagem vivendo seus dramas pessoais, que são bem aprofundados, os tornando pessoas quase reais e ao decorrer de tudo, eles passam a ajudar um ao outro, seja com conselhos ou emprestando suas habilidades. Sim, a capacidade de se comunicar começa a transcender para algo tomar o controle do corpo do outro e realizar algo que o mesmo não poderia, e isto se torna realmente útil, uma vez que muitos deles se envolvem em situações perigosas. E ao pouco, alguns percebem que estão sendo caçados, por serem diferentes. 

A diversidade é abundante e força o telespectador a colocar preconceitos de lado e a olhar diversas culturas com outros olhos (se você for de alguma forma homofóbico ou tiver algum preconceito contra algum tipo de religião, e não puder ficar de mente aberta por 12 episódios, saiba que a série não é para você). Você mergulha em assuntos como a homossexualidade, afinal o ator Lito é gay e a ativista Nomi é um transsexual e tem uma namorada. Em assuntos religiosos, afinal Kala é indiana e possui bastante fé pelo seu Deus e Capheus tem uma mãe com AIDS.

Vários personagens passam por momentos difíceis e ainda com a ameaça de que estão sendo caçados, por alguém que os quer estudar em um laboratório é agoniante, mas ao mesmo tempo é reconfortante saber que eles sempre terão um ao outro, onde quer que estejam.

Concluindo, é uma série diferente, forçando todos a abrirem a mente com personagens realmente muito bons, boa fotografia e roteiro cheio de mistério e reviravoltas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário