segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cinema & Afins #7: O Essencial e Invisível aos Olhos


Olá leitores, me digam, quantos de vocês não acordam toda a manhã para trabalhar e se pegam lembrando na época que podiam dormir até tarde? Ou se pegam pensando naquela época de infância, quando tudo parecia ser mais simples, convenhamos, a coisa que mais queríamos quando criança era sermos adultos para dormir depois da meia-noite (isso para uma criança era uma maravilha antigamente), e quando chegamos a vida adulta, parece que toda aquela magia do crescimento some, são tantas as responsabilidades que temos que a vida começa a se tornar mais séria, deixa de ter cor, se tornando algo monocromático, com apenas alguns tons de cinza. Se você esta se sentindo assim, um conselho: assista o Pequeno Príncipe, um filme que nos mostra isso, que muitas vezes a vida adulta é tão exaustiva que mata a nossa criança interior.

No filme somos apresentados a Filha e sua Mãe, que se mudam para um novo bairro, que fica no mesmo lugar da escola em que a Mãe quer que a Filha frequente, já no começo do filme, temos uma noção de como é o mundo dos adultos, sempre sérios, usando roupas sempre escuras por causa
do trabalho, não a cor no mundo deles, e é o que eles querem fazer com seus filhos, achando que estão fazendo bem, mas após um "pequeno" acidente na nova casa, nossa pequena heroína conhece o vizinho, um velho senhor chamado Aviador, um adulto totalmente diferente dos outros, a casa dele é fora do padrão (que no filme são todas quadradas), suas roupas são sempre coloridas e ele está sempre de bom humor,e é graças a ele que a garota conhece a história do Pequeno Príncipe. A partir dai começamos a ver duas histórias, a da garotinha e do Aviador, e do Pequeno Príncipe pelo universo.

Na questão animação não a do que reclamar, o CGI ficou muito bom, é os momentos em stop-motion ficaram lindos, diferente daquilo que estamos habituados com filmes como os da Dreamworks. A trilha sonora também, com os momentos felizes com música francesa (país de origem do autor), entrando em contraste com os momentos em que vemos Mãe e Filha juntas, que na maioria das vezes o rádio estava sintonizado em algum noticiário, sempre trazendo apenas informações, números  e coisas que na mente das crianças pertence ao mundo dos adultos.

Mas o mais importante é a mensagem que o filme traz, de que não é porque ficamos adultos que temos que deixar de nos divertir, mesmo que muitas vezes nosso dia-a-dia isso seja difícil, com a correria do trabalho, contas a pagar, faculdades, cursos, isso aos poucos vai nos minando, acabando com nossa paciência devagar, vamos restringindo nossa imaginação, nos focando apenas ao que nos cerca, mas o filme nos traz uma mensagem muito importante, que o problema não e crescer, e sim esquecer de como ser criança, esquecer de como é se divertir, e com isso matar a nossa criança interior.

Bom, é isso gente, recomendo fortemente esse filme, não se engane pelo fato de ser uma animação, esse é um longa para todas as idades, com uma história que agrada a todos, trazendo uma mensagem forte, e fazendo muitos se perguntarem ao final do filme, "Será que ainda tenho minha criança interior?", eu ainda tenho, mas e você leitor, ainda tem a sua?

2 comentários:

  1. Nossa amei o filme e óbvio que amei a postagem também!

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    1. Fico feliz que tenha gostado do post, obrigado pelo elogio

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