segunda-feira, 20 de julho de 2015

Etc & Tal #3: Vida Real X Vida Virtual


Existem reportagens que parecem que só veem para causar discórdia no meio das pessoas, como se já não bastasse todo o problema que temos com política, com pessoas se odiando apenas pelo partido que apoiam, agora nem nós, nerds e gamers, estamos livres de conflitos. Para quem ainda não está sabendo, ontem (dia 19/07) durante o Fantástico, foi exibido uma matéria mostrando o "lado obscuro" do mundo dos jogos online, com casos de clonagem de cartão, pedofilia e prostituição, até aí ok, sabemos que isso existe, o problema acaba sendo a forma como a matéria foi trazida para o público, com uma sensação de que todos os jogos onlines são assim, como se todos os jogadores fossem pessoas más, que vendem seu corpo, roubam dos outros apenas para poder crescer no jogo, pior ainda, tratando-nos como se tivéssemos problemas sociais, usando isso como explicação para o isolamento e foco no jogo.


Mas para começar, a matéria não específica de que tipo de jogo se trata, que pelo o que é falando, indica ser um pay-to-win (pague para ganhar, no sentido literal), que considero o pior tipo de jogo, já que não importa o quanto você se esforce para crescer no jogo, sempre vai chegar alguém que vai estar no mesmo nível ou até mais forte que você gastando alguns reais, o que praticamente tira toda a graça. Na matéria mostra um cidadão que chegou a gastar 500 mil reais nisso, o que considero de uma futilidade gigantesca, gastar tudo isso apenas para ser o top 1 . A matéria também mostra uma menina que se prostituiu para conseguir dinheiro, eu me pergunto, o que se passa na cabeça da pessoa nessa hora? Nenhuma explicação plausível me vem a mente, a não ser uma deficiência mental, que dificulte a pessoa de diferenciar o mundo real do mundo virtual.


Ainda vemos os casos clássicos de pessoas que se isolam de toda a família e amigos apenas para poder jogar mais, é como esses casos são o que fazem mais sucesso, e infelizmente os que mais mancham os jogos online, que acabam se tornando o maior vilão da história. Mas será que ele é mesmo? Os jogos tem como premissa nos tirar um pouco do mundo real, para relaxar, vivendo outras histórias com personagens que criamos com nossos amigos (sim, gamers não são solitários como todos pensam), agora, se pessoa começa a passar mais tempo no jogo do que no mundo real, o problema esta na vida da pessoa, muitas vezes algum problema na família, não aceitação dos amigos, entre muitos outros, mas ao invés dos pais tentarem conversar com o filho, ver a situação por inteiro, não, sempre jogam a culpa nos jogos, escolhendo o caminho mais fácil, o que é mais aceito nos dias de hoje.

O maior problema desse tipo de matéria, é que as notícias ruins se espalham e se fixam mais nas pessoas do que notícias boas, por exemplo, no campeonato de Heartstone da Coreia, tivemos um brasileiro participando dele, o jogador Leomane, que passou por diversas partidas da Copa America de Heartstone e chegou lá, mas essa notícia é vista na TV aberta? Lógico que não, o cara tá bem, quem quer saber disso né? Agora quando é um caso de um jovem que mata toda a família, e é dito que ele jogava qualquer tipo de jogo violento, pronto, ganha uma repercussão nacional, e quem é o maior vilão da história? As pessoas mascaram os reais motivos de casos como esses com os jogos, mas muitas vezes os maiores vilões somos nós mesmos, que fechamos nossos olhos para os verdadeiros problemas e apontamos os dedos para aquilo que é mais fácil de acusar, aquilo que quando cair na mídia, todos vão concordar.


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