segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Continues & Game Overs #81 | Shadow of Tomb Raider



Lara Croft é um ícone no mundo dos vídeos games, representando um verdadeiro clássico que é Tomb Raider. A série de jogos da arqueóloga badass ganhou o mundo e fez história, mas também é lembrada por quase sempre suas roupas curtas e uma sexualização da personagem. Isso persistiu por uma série de jogos, até que em 2013 Tomb Raider foi recriado, Lara agora era mais jovem e deveria descobrir seus destino e habilidades enquanto perdida na selva. Desnecessário dizer, que além do maior foco em sobrevivência, havia novos métodos de combate e, a sexualização foi deixada para trás. Lara era forte, guerreira. O sucesso foi certo, assim como em sua sequência, em 2015, em Rise of Tomb Raider. Esta nova saga era promissora, forte por si só, embora ainda usasse de referências visuais de títulos passados. E no ano de 2018, nossa nova e amada Lara ganhou um novo título, Shadow of Tomb Raider, um jogo esperado para encerrar a saga dessa nova versão da arqueóloga. 



Se em 2013 estávamos numa ilha perto do Japão e em 2015 nas montanhas geladas do Nepal, desta vez Lara Croft encara as selvas do Peru, no meio de ruínas maias e incas. Em cenários muito ricos e bonitos, temos que finalmente confrontar a Trindade novamente, desta vez, o combate final e impedir que o apocalipse Maia recaía sobre o mundo, com suas destruições naturais, enchentes devastadoras e poderosos terremotos.



Todas as novas mecânicas presentes nos jogos anteriores estão de volta e também há a inclusão de algumas outras. A primeira delas é a habilidade de disparar flechas com cordas de cima de árvores e poder deixar inimigos pendurados. A segunda e mais interessante e que reserva os melhores momentos é a habilidade de Lara de espalhar lama pelo corpo e poder se esconder em raízes escuras, proporcionando mortes silenciosas muito bonitas visualmente. 

É também o jogo que deve carregar as cenas mais agonizantes de toda a trilogia. Lara se arrastando por espaços apertados e submersos, enquanto vemos seu ar acabando aos poucos conseguem passar bem a agonia. Assim como rastejar por corpos em buracos imundos.



Porém, Shadow of Tomb Raider carregava uma grande responsabilidade, a de encerrar uma história que seguia muito bem, mas acabava falhando em seu intuito. Apesar de todas as tumbas de desafios e missões paralelas, a história principal é extremamente curta e fraca. Apesar das novas mecânicas, não há muito espaço para usá-las muito de fato. As sequências de combate são rápidas, curtas, sem muito espaço para se empolgar, até mesmo talvez a parte mais interessante de todo o jogo neste quesito, que podemos ver como Lara Croft se tornou mortal ao longo desses três jogos. 

Além disso temos a inserção de um I bastante "chato" no meio da trama, apenas para se conectar com um ponto futuro, mas ainda assim desnecessário. Tudo parece correr, com um enredo fraco e que se repete em relação aos seus antecessores. O final então, é doce e pouco empolgante, sem a emoção necessária, como já dito, presente nos jogos anteriores. Muitas sequências ainda são desperdiçadas, o que poderia ter deixado o jogo maior e melhor;

É triste admitir no fim que o derradeiro desfecho da trilogia seja abaixo das expectativas e tenha deixado a desejar. Com todas as novas mecânicas e também aquelas já conhecidas, mas ainda sim bem vindas, esta já experiente Lara teria muito mais a mostrar, porém o jogo consegue, no máximo, ao contrário da protagonista que sempre alcança a superfície e sobreviver, ficar submerso e não alcançar seu verdadeiro potencial. 


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