segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Cinema & Afins #139 | Operação Overlord



Filmes sobre e durante a Segunda Guerra Mundial não são raros, muitos inclusive, relatando eventos reais e não ocorrências próprias em meio a tantos fatos históricos. Muitas vezes, claro, essas situações são mais fantasiosas e romantizadas, desta vez, em Operação Overlord, o diretor Julius Avery leva isto além, misturando um cenário de guerra com o terror gore. 


Durante a Operação Overlord, no ano de 1944, um grupo de soldados sobrevoa a França, sua missão é derrubar uma torre de interferência nazista, para que possa haver apoio aéreo durante o Dia-D, o ataque as praias da Normandia. Tudo parece dar errado quando os aviões são atacados por baterias antiaéreas e apenas um pequeno grupo de cinco soldados sobrevive. Sozinhos, precisam lidar com todo um batalhão de alemães que estão escondidos dentro de uma igreja e derrubar sua torre interferência, porém aos poucos, descobrem que existem coisas muito mais terríveis no subsolo da construção.



Seguindo uma estrutura clássica, a trama estabelece bem seus personagens os definindo com personalidades distintas e um tanto clichês. Temos o Cabo durão e misterioso, o soldado desleixado e habilidoso, aquele de bom coração, a garota valente e preocupada com seu irmão. Se pudêssemos classificar em outras palavras, poderíamos dizer que todos os personagens são arquétipos, construídos com características prontas, mas bem alocadas, fazendo com que funcionem na história. Nada, entretanto, parece muito apressado. O filme desenvolve seus personagens através de pequenos diálogos e ações, não muito profundos, mas deveras eficientes. 

A trama por si só, apenas como uma história de guerra, não se sobressai e se tratasse apenas disso, não seria nem algo digno de muita nota, porém ao alocar elementos de terror gore, consegue criar uma atmosfera única e com entretenimento garantido. A violência se faz presente sempre, seja na forma de monstros horrendos ou apenas em tiroteios e na fria e crua aparência que a guerra tem. Em muitos momentos podemos perceber, lembrar talvez, de cenas sangrentas de filmes trash, de algumas décadas atrás, porém com um orçamento maior e com a tecnologia dos tempos atuais. 

É certo afirmar que Operação Overlord abrange um nicho ao misturar estes gêneros, quase nunca abordados. Talvez seu visual lembre jogos como Wolfstein, embora o foco seja outro. A trama consegue entregar uma história concreta e apesar de seu terror não causar "medo" e haver quase nenhum "susto", funciona da maneira pretendida, algo mais visceral e visual. Por fim, sua combinação faz com que Operação Overlord funcione, poderia dar errado, mas não deu. Não é algo revolucionário, mas com certeza vale a pena ser conferido. 

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