segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Cinema & Afins #20: Resenha - Os 8 Odiados


Para abrir as resenhas de 2016, vou começar por um filme que desde que vi o primeiro anúncio fiquei morrendo de vontade de ver,  e sim, é o oitavo filme do diretor Quentin Tarantino, os 8 Odiados, um faroeste totalmente diferente daquilo que estamos acostumados, troquem os desertos sufocantes por uma montanha banhada por uma nevasca, e o clássico saloon por uma pequena parada de diligências, que é onde se desenrola esse maravilhosos filme, portanto carregue sua pistola, coloque seu chapéu e siga-me por essa resenha.


Os 8 Odiados se passa nos Estados Unidos, mais precisamente na região norte do país, 12 anos após a Guerra Civil, durante o filme todo somos constantemente lembrados disso, pela maneira como alguns personagens tratam o Major Marquis Warren, personagem interpretado por Samuel L. Jackson, com um grande uso da palavra nigga (uma maneira muito pejorativa de se tratar uma pessoa negra) ou pelos diálogos dele com Chris Mannix, um sulista renegado que ainda quer a volta do sistema de escravidão. Outro personagem de muito destaque é o caçador de recompensas Jonh Ruth, ao mesmo tempo conhecemos sua prisioneira, uma mulher chamada Daisy Domergue. As histórias desses personagens vão se cruzando enquanto a diligência de Jonh vai em direção a cidade de Red Rock, levar sua prisioneira para a execução. Mas todos acabam tendo suas viagens interrompidas por causa da forte nevasca que ataca a montanha, sendo obrigados a se abrigar numa parada de diligências, encontrados outras pessoas que estão fugindo da nevasca, e dentro dessa parada que acontece os maiores acontecimentos do filme.

Para aqueles que já estão acostumados com os filmes do Tarantino já sabem o que esperar, combates bem sangrentos, quebras da linha do filme, mostrando eventos passados para explicar melhor a história (mas não de maneira tão confusa como em Pulp Fiction), os diálogos são incríveis, a cada conversa parece que um tiroteio está prestes a explodir, os atores também dão o máximo, criando personagens muitas vezes caricatos, com características tão marcantes que é difícil esquecer deles, como o forte sotaque de Chris Mannix, ou o a maneira tão bem-educada do carrasco Oswaldo Mobray e como não dá pra deixar de mencionar, o grande bigode (um bigode de respeito) de Jonh Ruth.

A trilha sonora também não deixa a desejar, o maestro italiano Ennio Morricone criou uma ótima trilha sonora para o filme, casando perfeitamente com as cenas tanto de tensão quanto as de ação, recebendo inclusive o Golden Globe Awards de Melhor Trilha Sonora. 

Para aqueles que estão procurando um bom um bom western, mas sem tanta ação e com muito suspense, esse é o filme ideal, estejam preparados para ver muito sangue voando pela tela, mas não podemos reclamar né, afinal estamos falando de um filme do Tarantino.

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