E se alguma figura histórica pudesse ver nosso mundo como ele está hoje? Todas as mudanças, as boas e também as ruins. E se essa figura histórica não fosse um "benfeitor" e sim aquele responsável pelo maior genocídio da história da humanidade? E se essa figura fosse Hitler? É com essas perguntas que começo essa resenha.
Basicamente Hitler acorda na Alemanha moderna, no chão, em um lugar aparentemente aleatório. Você sabe o que esperar já, sabe que é ele, mas não sabe como ele foi parar ali. Ele está confuso com tudo, e volto a repetir, em momento algum ele deixa parecer que não seja o verdadeiro Führer, seja ele um impostor ou apenas um maluco, MAS isso se aplica apenas ao espectador. Toda e qualquer (quase) pessoa que o encontra jura que ele é um imitador, um muito bom por sinal, que nunca sai de seu papel.
Se algum dia você já ouviu falar que Adolf Hitler era um excelente orador, o filme transmite exatamente isso. Assim como no passado, ele começa a dominar a Alemanha, porém de uma maneira totalmente nova, mas promissora, as pessoas passam a ama-lo, ainda achando que ele é imitador. Ele consegue poder, de maneiras diferentes, mas ainda escala pacientemente para a posição que deseja.
O filme funciona como um alerta a sociedade atual na Alemanha. Você pode soltar algumas risadas quando Hitler fala com alguém sobre algo ou quando ele descobre a internet, mas na verdade ele discute sobre assuntos políticos e demais problemas no país, as pessoas dizem o que as incomodam e o Führer sempre tem uma resposta como um "bom" politico e/ou líder.
Por fim, o filme brinca entre o cômico e o sério e desenvolve uma trama mais complexa por trás, que não dá para saber ao certo se estava ali desde do inicio ou surgiu em certo ponto do filme, culminando em um final que faz você pensar a respeito.
O filme está disponível no catálogo da Netflix e vale muito a pena.
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